Rural Brazil during the Lula Administrations: Agreements with Agribusiness and Disputes in Agrarian Policies
by Sérgio Sauer
Os dois mandatos da administração de Lula foram mantidos por um amplo sistema de alianças que incluía setores retrógrados da elite agrária. Esse mesmo sistema permitiu a eleição da Presidente Dilma Rousseff. A influência dessa elite estendia-se aos postos do primeiro escalão do governo e a ele assegurava o apoio da bancada rural e do agronegócio. Ao mesmo tempo, impedia que o Estado fizesse avanços significativos em políticas agrárias. A elite rural via as administrações do Partido dos Trabalhadores com desconfiança, pois, tanto Lula quanto Dilma nutriram um relacionamento ao mesmo tempo contraditório e amistoso com movimentos sociais agrários. No contexto de concessões e apoio franqueados ao agronegócio, essa aliança com a elite agrária foi fundamental para neutralizar ou mesmo bloquear políticas agrárias estruturais tais como o aumento da desapropriação de terras e o assentamento de famílias. Consequentemente, aumentou-se a dependência da exportação de matéria-prima. Tais alianças não impediram que a Bancada Ruralista apoiasse o impeachment da Presidente Dilma e se alinhasse ao novo governo empoçado. Ademais, na nova conjuntura essa elite apoiou o fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário e nega abertamente o direito de acesso e posse da terra a camponeses, agricultores sem terra, povos indígenas e comunidades tradicionais.
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